20.10.05

dos Anjos

Ela pegou uma caneta, canetas não se apagam facilmente,(ela queria marcar a eternidade), e escreveu no livro das vidas. Com cuidado e esmero de quem sabe que nossas letras dizem tudo de nós mesmos. Queria escolher as letras que permitissem aos outros saberem apenas o que ela permitisse que soubessem. Ela era muito mais que aquilo que escreveria, mas esse conhecimento bastava a ela. Se mostrava apenas em números de funções que este escriba achava muito complexas...Não tinha calculado, mas se sabia muito da pessoa pela folha que tinha escolhido pra escrever, aquela não era de plástico funcional... Era de papel colorido e com cheiro.Papel rasga! Droga não tinha calculado isso!!! Que absurdo! Como podia... Mas já estava escrito! E com caneta...Mas a maioria deles não enxergava isso... ela se achava exposta, mas era mentira...
As pessoas não viam...

(mas ele viu...)

(isso era pra ser um depoimento, mas bem, acabou que achei que o melhor lugar pra colocá-lo fosse aqui...)

Um comentário:

Anônimo disse...

bonito, de fato! surpreendente, quando o erro é percebido por uma coisa tão exata...... ficou muito bem feito!