18.10.07

O quanto se pode saber?

É mesmo questão de cabeças grandes mesmo essas coisas de pensar.(sem piadas por favor) O fato é que parece sempre existir um monte de tudo pra aprender de qualquer pouca merda.

Qualquer cantinho da sua sala ou da sua conciência. Desde os créditos que sobem no final da projeção do seu filme favorito até o motivo que fazia Carlota Joaquina preferir roupa de baixo amarela(será que usava mesmo?). O fato é que o saber se acumula nessas cabeças grandes e cheias de certezas virando uma espécie de religião.

Um cara pra lá de bacana no meu ver foi o Sócrates. Putz, o maluco ficou um tempão observando e pensando no mundo. Devia ter a cabeça do tamanho de um ônibus. Acontece que depois de quase explodir o tutano ele chegou com a brilhante frase: "Tudo que sei é que nada sei."

!!!

Calma aí, não ria ainda. Imagina só na época. Sujeito granfino ia procurar o homem sábio na Grécia(Grécia mesmo?) e ele não respondia nada, só perguntava. Que porra é essa? Vos pergunto.

Mas pensa um pouquinho só na época. Se bem me lembro das minhas mau dadas aulas de filosofia e a pseudo-aula-livro filosófica ministrada no Mundo de Sofia, os gregos tinham acabado de deixar de acreditar em um modelo místico-religioso de verdade no mundo. Como eu costumo questionar essas coisas, acredito que na verdade só quem entrou de bonde nessa história tenham sido os "endinheirados" da época. Dúvido que servo ou escravo, ou como quer que chamavam a classe dos domindados tinha entrado nesse lance. Quase como o lance de Inclusão Digital, saca? Muita gente ainda deveria acreditar que podia responder tudo com oração, ou oferenda, oráculo ou sei lá o que.

O fato é que os ban-ban-bans da época acreditavam no poder do discurso. Como não existia um a verdade absoluta o lance era saber enrolar a língua e dar volta. Na verdade? Era um monte de advogado misturado com Zé Carioca.

Aí, chega esse sujeito. Que possivelmente gastou parte do tutano dele matutando aquilo tudo. Falou que verdade, algo universal que servia a todos existia. Só que ele não tinha descoberto...

E eu aqui fazendo pesquisa sobre montagem(ou seria edição de vídeo, um termo mais atual) cinematográfica(as vezes rola na internet) de trailers(ih, expressão estrangeira tem que ser com itálico...). E pra isso tenho que estudar até teorias de cognição e antropologias consumistas a parte...

Era sobre o que que agente tava falando mesmo?

(Só pra constar a existência de Sócrates é questionada. Alguns estudiosos desse tão muito que se tem pra se saber afirmam que ele poderia ter sido uma criação de Platão)

Todas as informações contidas aqui não tem embasamento científico nenhum. Muitas possívelmente estão erradas e sendo assim não servirão para conclusão nenhuma. Alias nem pense em usar isso em algum trabalho sem ser vítima de riso.

2.10.07

Projetos arquitetônicos inflamáveis

Um rapaz jovem atropelou uma criança pra atender celular,
O menino perdeu uma perna pra convencer os amigos que sabia nadar,
O senhor colocou fogo na casa por que não queria precisar da esposa pra cozinhar,

E naquele preciso momento fizeram todo o esforço do mundo calculando com cabeças acostumadas a sonhar maneiras que os fizessem voltar no tempo.

O rapaz jovem tentou ligar do celular pro todo poderoso,
O menino tentou nadar de costas no mesmo lugar,
E o senhor procurou um isqueiro que fosse ao contrário,

O celular não tinha crédito pra uma chamada tão distante,
E o tubarão que já tinha comido uma perna, comeu duas,

E o senhor, mais velho. Por se considerar tão sábio, chorou quando percebeu que não se fabricavam ainda isqueiros ao contrário. Ele e sua senhora tinham levado muito tempo pra prosseguir a contrução daquela casa, nem pronta ainda estava.

A sua esposa nada dizia com a boca. Mas chorava sem lágrimas e berrava com todos os outros sentidos que tivesse.

Foi uma pena pra quem visse, aquele homem com seus vários cabelos brancos chorando como um bebezão. Na verdade era até um pouco ridículo aquela prova de fraqueza. Chorava com as lágrimas que não rolavam do rosto da senhora sua esposa.

E naquele momento se espantou, a mulher chorava pra dentro e as lágrimas deslizavam pelo rosto dele. Eles iinham uma ligação do agora, ontém, amanhã e cada segundo que suplantava qualquer tijolo que estivesse fora do lugar.

O senhor percebeu que a casa estava dentro dos dois.

Pegou um dos carvões que sobrara do incêndio e desenhou uma casa. Era muito mais bonita que a de antes.

Tinha um monte de promessas que a outra não tinha. Só não era a prova de fogo.

"Quer morar aqui?"