27.10.08

Menos que trinta

,olhando pro monte de verões daquilo que não é mais, me impressiono. E ao chavão "meus pais estavam certos" digo nem tanto, pois que talvez eu não seja de experiência tanta quanto acredite, admito, mas acho mesmo, acredito, que tenho onde estacionar confiança em lugar onde não compartilhe teto.

Resgato da caixa que faz pensar um monte de coisa que julgo acerto, e um monte de coisa que adivinho erro. Mas meio que acredito e meio que dúvido que as coisas tendem a se corrigirem quando sabemos ou procuramos andar por onde acreditamos saber onde se pisa.

Espero.

Nem tanto no entanto nem quer dizer que tanto seja pouco. Pois que lembro algo que minha mãe acertou, considero, quando disse uma vez que o tomate podre cheira mais que o resto dos tomates.

Pois que olho pra minha cesta, e aperto os frutos quando algo cheira mal. Jogo tudo aquilo que identifico podre fora e separo aquilo que desconfio que pode apodrecer. ,às vezes acho que nem deveria trocar o cesto, e que deveria mesmo era jogar em lixeira qualquer tudo que desconfiasse podre, mas a vida é tanto de tudo que tenho medo de aproveitar menos que um terço, e gostaria, juro, de pelo menos colher alguns tomates que eu mesmo tenha plantado,

,por vezes colho,

20.10.08

O eterno normal em andar de bicicletas...

Escolho começar pelo depois no intuito de fazer diferença nesse mundo de bicicletas azuis. As bicicletas que quando antes eram vermelhas, quando antes verdes. Mas todas das mesmas cores.

Distantes não enxergo pernas pedalando. Não existem as pernas, só existem olhos e dedos indicadores. Os olhos olham pras bicicletas à direita, os indicadores indicam o seu lado esquerdo, e ninguém sabe pra onde está indo.

Eu também não faço idéia pra onde estou indo, vez ou outra pego minha bicicleta e ando no mesmo caminho. Vez ou outra tento forçar passagem pros lados... Forço uma corzinha diferente no guidão e tiro as rodas da minha bicicleta.

As pernas ainda estão em baixo de mim, mas elas estão em cima de um lugar diferente no mundo.

Vou empurrando disfarçadamente o normal pro lado de lá, quero andar com a bicicleta nas costas...

E tento, juro que tento, continuar andando olhando sempre pra frente.