2.7.05

Da educação 67º Capítulo

A educação esta falindo. Uma das instituições que a sociedade parece precisar para manter um sentido e assim continuar sendo, e hoje com o esvaziamento dos sentidos(ver Do esvaziamento dos sentidos, no começo do blog) a comunidade parece querer apenas a existência de certas convenções antigas, pelo ver limitado deste empiríco isso parece dar uma certa tranquilidade, e uma idéia de arraigamento tradicional, mesmo que seu sentido esteja perdido.
Mas não estou aqui para discutir sobre isso.
Atualmente o ensino parece ter uma função principal aos olhos da sociedade(esta função é mais evidente no caso do ensino fundamental e ensino médio) o de possibilitar ao indivíduo ingressar no mercado de trabalho. Isso pode ser visto em cursos mais direcionados a nível do antigo segundo grau. Embora seja muito limitado esses tipos de cursos, parece que o ensino tem dado conta desse ponto.
A antiga função do ensino de formar uma pessoa em diversos campos de saberes parece ter se perdido, não há importância se não vier atrelada a dinheiro e funcionalidade. O aspecto nobre do conhecimento parece ter se perdido.
Mas devemos nos despir de conceitos antigos para ver esses novos. Ora, não é injusto a sociedade exigir um ensino que ajude-a a lidar com situações do dia a dia. A meu ver o ensino deve mesmo ser uma resposta a atualidade em que esta constiuída. O ensino não pode e não deve estar defasado com a realidade em que se encontra. Tem que estar inserido e contextualizado, se não o que se aprende vai se perdendo...
O problema é que assim a vida em conjunto pode ir se descontextualizando. Afinal o que é importante para a sociedade como um todo? Em que direção devemos trilhar?
Se a sociedade dá um bem para o indivíduo, no caso o ensino, esse deve devolver para a sociedade outro bem. Grupos culturais deveriam colocar em questão o que é o bem comum de sua comunidade, e deixar o espaço dialógico aberto para que andássemos na direção de uma sociedade onde as coisas funcionem de forma a satisfazer o máximo possível.
Claro que para isso teriamos que ensinar coisas consideradas inúteis pela deontologia atual, a ideologia de mercado. Mas não seriam inuteis para o bem comum de vida em conjunto.

Um ponto que não irei me aprofundar no momento, embora o indivíduo comum faça críticas ao fato de ter que aprender no ensino médio matérias que não venham a afetar sua vida profissional no futuro, até onde sei isso é positivo pelo fato que se desenvolve espaços diferentes do cérebro, assim criando ligações mais fortes e mais facilidades para resolver problemas.

Mas enfim...

2 comentários:

Anônimo disse...

A contextualização é importante, mas não é prioridade. A educação deve ser pautada por uma base ética. Para uma sociedade doente, a contextualização não serve mais, pois então a educação estaria doente também. Não me interessa se a educação utilitária do nosso tempo é contextualizada... isso é ridículo; pois ela é, primeiramente, UTILITÁRIA!!!

(senhor empírico... o conhecimento de disciplinas que são desinteressantes para a vida profissional de uma pessoa não pode ser justificado pelo argumento pobre de que as mesmas contribuiriam para o desenvolvimento mental dessa pessoa... que troquem a matemática pela nintendo, então! E a educação física pelo kendô!... droga.. fiquei empolgada com o assunto)

O empírico disse...

Ora se conseguirmos provar que nintendo pode substituir matemática e que e que o ensino de kendô é viavel por que não?

As bases éticas são interessantes para a sociedade, um ensino calcado em bases éticas promete cidadões preocupados em um mundo melhor. Cria-se então um ciclo interessado na renovação, ou naquilo que seja melhor para todos.

mas a contextualização é importante sim, as pessoas que aprendem devem aprender aquilo que vão precisar. A sociedade é doente? Pode até ser. Só que até em sociedades doentes deve se aprender a viver. Deve se dar ao indivíduo formas de lidar com esta realidade.