13.4.09

Dói

DOEU., E quando foi DOR, os olhinhos apertaram cismando em mastigar tudo quanto era luz em volta.

DOR quando é DOR mesmo faz isso.

fernanda quando DOIA, preferia fechar os olhos e contar até 10.

PATRÍCIA apagava todas as luzes de casa.
PATRÍCIA não morava sozinha.

6 comentários:

pianistaboxeador21 disse...

Tudo é dor e toda dor vem do desejo de não setirmos dor, nenão.

Bom texto.

A propósito, se te interessas por pintura. Dá uma olhadinha nesse endereço:

http://www.amalgama.blog.br/04/2009/frida-kahlo-maravilhosa-e-visceral

Tem um ensaio sobre a pintora Frida Kahlo.

Beijos

Adriana Godoy disse...

Doeu...gostei do seu texto, alíás de alguns deles. Uma forma diferente de escrever. Vou voltar, acredite.

Márcia(clarinha) disse...

Eu apago as luzes quando na verdade gostaria de apertar os olhos...
Que perfeito isso, adorei.

lindo dia
beijos

f@ disse...

Dor é mesmo assim... cada um sente á sua maneira... ás vezes cerra-se tanto os olhos que até se pode ver luz...
de estrelas...

beijinhos

Marcia Barbieri disse...

A dor é manifestada das maneiras mais inusitadas e no final tudo ainda é dor....


beijos

Madchester disse...

”Há um tipo de choro bom e há outro ruim. O ruim é aquele em que as lágrimas correm sem parar e, no entanto, não dão alívio. Só esgotam e exaurem. Uma amiga perguntou-me, então, se não seria esse choro como o de uma criança com a angústia da fome. Era. Quando se está perto desse tipo de choro, é melhor procurar conter-se: não vai adiantar. É melhor tentar fazer-se de forte, e enfrentar. É difícil, mas ainda menos do que ir-se tornando exangue a ponto de empalidecer.

Mas nem sempre é necessário tornar-se forte. Temos que respeitar a nossa fraqueza. Então, são lágrimas suaves, de uma tristeza legítima à qual temos direito. Elas correm devagar e quando passam pelos lábios sente-se aquele gosto salgado, límpido, produto de nossa dor mais profunda”.

[Clarice Lispector]