5.6.05

Da especificidade das faculdades cap. gH14

Com relação ao papel da faculdade na sociedade atual, com olhos empirícos sempre, reservarei alguma nota posterior. Agora pede-se que se deixe falar do problema da especificidade curricular das faculdades. Ora, as faculdades direcionam os pensamentos, são matérias e matérias definidadas pro uma grade estabelecidade para duas aparentes finalidades:
a) Criar uma possibilidade prática e intelectual que permita com que o(a) estudante tenha meios de se inserir no mercado profissional e;
b)Criar conhecimento acadêmico dentro dos âmbitos direcionados pelo assunto norteado pelos objetivos do curso.
Não parecem haver outras funções a meu ver dignas de nota para a universidade. Este texto não tem por objetivo dicutir se o papel da universidade nesse sentido esta errado, muito pelo contrário, esse papel objetivo, não apresenta furos de lógica para este empiríco. O que se encontra em risco é a construção de conhecimento do indivíduo. Há muito tempo que o valor do conhecimento como virtude caiu por terra, agora esse valor deve ser convertido em lucros, em números funcionais, em uma lógica de mercado que invade o sangue da humanidade envolvida cada vez mais no sentido do global.
A afirmação: A Universidade aliena. O conhecimento sem dúvida deve ser direcionado na faculdade, mas o conhecimento direcionado aliena. Biólogos discutem com cientistas sociais querendo provar que outro esta errado. Falam de assuntos diferentes. Um absurdo na limitada visão desse empiríco que vos (vos?) fala.
A resposta para a busca por esse conhecimento para aquele que vos(será mesmo vos?) fala é o caminho do estudo indívidual, que infelizmente não pode ser conseguida dada a logística atual de venda de corpos e tempos caros que a grande engrenagem nos faze passar.

Neste cenário a única resposta será a humildade. Humildade no sentido de reconhecer a impossibilidade de apreender toda a realidade, para criar a vontade de desconstruir o contruido todos os dias.

2 comentários:

ideiasaderiva disse...

Creio que ocorre algo mais estranho no ambiente universitário. Um grupo enorme busca sua validação através da conquista de um diploma. Muitos acabam realmente apreendendo e aprendendo o script que recebem – e conseguem. Uma parte não – eu, por exemplo, acho que aprendi menos do que o script me oferecia. Mas, isso porque preferi montar meu próprio script e apreender apenas o básico para passar nas matérias com as quais não tinha muita afinidade. Isso é ruim porque os equipamentos desenvolvidos acabam se intercalando e vc acaba precisando daquela aula que vc não quis nem saber.

Percebi que outras pessoas – navegando entre os vários caminhos – também desenvolveram seus roteiros – muitas, inclusive, conseguiram fazer os dois – ser bom na faculdade e conseguir um aperfeiçoamento extra. Poderia falar dos estudantes profissionais... os caras que entraram na faculdade na hora certa e não eu que entrei quando já devia estar terminando o doutorado , com família, emprego e contas pra pagar... podia falar um monte de coisa, mas a verdade é que tinha um monte de gente nas mesmas condições que tiveram resultados melhores (aqui, estou falando apenas de notas)...

As vezes, vc pára e conversa com alguém que imaginava uma máquina e ela tem um projeto cultural próprio. Viu o filme tal, defende-o com congruência... enfim, não está passiva como imaginávamos...

Resumo da ópera: creio que há realmente a robotização do ser humano, estamos sendo enquadrados, mas, alguns conseguem fugir disso... e acho que este número não é tão pequeno...

Abraços.

O empírico disse...

É verdade, temos que tentar pelo menos desmontar essa robotização.

E tentar não quer dizer, não ter esforço.

O empiríco falou.